Pedro Sobral morre atropelado: O presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros

Diretor da LeYa e Presidente da APEL, Pedro Sobral, faleceu tragicamente aos 51 anos, vítima de atropelamento
O setor editorial português está de luto pela perda de Pedro Sobral, administrador das Edições Gerais do Grupo LeYa e presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). Pedro Sobral morreu no sábado, 21 de dezembro, após ser atropelado enquanto andava de bicicleta na Avenida da Índia, em Lisboa.
O acidente ocorreu quando uma viatura ligeira atropelou o ciclista e fugiu do local. Horas depois, o condutor apresentou-se às autoridades acompanhado por um advogado. A PSP confirmou o incidente, que deixou a comunidade em choque e levou a manifestações de pesar de diversas figuras públicas e entidades.
Em comunicado, o Grupo LeYa lamentou profundamente a perda, descrevendo Pedro Sobral como alguém cuja contribuição foi “indelével e insubstituível” para o setor editorial. Ana Rita Bessa, presidente-executiva da LeYa, destacou:“O Pedro acreditava profundamente no poder dos livros e na liberdade da edição, valores com que ajudou a construir a LeYa.”
Como administrador das Edições Gerais e presidente da APEL, Pedro Sobral desempenhou um papel crucial na promoção do mercado editorial, valorizando os livros e a leitura como pilares fundamentais da sociedade.
Pedro Sobral era licenciado em Economia e Ciência Política pela Universidade Católica Portuguesa, com formação em gestão pela Harvard Business School. Antes de ingressar no setor editorial, atuou na área financeira e de consultoria.
A sua ligação com o universo dos livros começou em 2004, no Grupo Almedina, como diretor de Marketing e Vendas. Em 2008, integrou o Grupo LeYa, onde ocupou cargos estratégicos até assumir o papel de administrador das Edições Gerais. Desde 2021, presidia à APEL, com uma visão clara de fortalecimento do setor editorial português.
Diversas figuras públicas prestaram tributo a Pedro Sobral. Entre elas, o escritor Pedro Chagas Freitas, que expressou a sua revolta e dor pela perda, descrevendo-o como um amigo e parceiro leal. Na sua publicação, Freitas lembrou a generosidade e o espírito solidário de Pedro Sobral, especialmente durante momentos difíceis, como o período em que o filho do escritor esteve hospitalizado.
“Foi-se um homem dos bons. E não sei o que fazer com isto. Como entender isto? Como saber que lógica é esta?”, escreveu Pedro Chagas Freitas, resumindo o sentimento de perda que une muitos daqueles que trabalharam ou conviveram com Pedro Sobral.
O Grupo LeYa comprometeu-se a continuar o legado deixado por Pedro Sobral, reafirmando o compromisso com os valores que ele personificava. A sua visão e paixão pela literatura continuarão a inspirar todos os que acreditam no poder transformador dos livros.
Com a sua partida, o setor editorial português perde uma figura central, mas o impacto do seu trabalho e a memória da sua dedicação perdurarão.