Turista neerlandês multado em mil euros após resgate milionário na montanha mais alta de Portugal

Um turista neerlandês de 31 anos protagonizou um incidente que está a gerar grande debate em Portugal. O homem aventurou-se sozinho na montanha mais alta do país, ignorando os avisos de segurança e as condições meteorológicas adversas. O resultado foi uma operação de resgate de larga escala, que obrigou à mobilização de vários meios, incluindo um helicóptero da Força Aérea Portuguesa.
A ação de salvamento contou com o apoio do helicóptero EH-101 Merlin, equipamento utilizado em missões de grande complexidade. As horas de voo da aeronave, segundo fontes militares, deverão ter custado cerca de dez mil euros aos cofres do Estado, valor muito superior à multa aplicada ao turista, fixada em mil euros.
De acordo com os responsáveis da operação, o homem encontrava-se numa zona de difícil acesso e sem o equipamento necessário para enfrentar o terreno. A sua localização exigiu recurso a tecnologia de busca avançada e um esforço coordenado entre as forças de emergência, bombeiros, GNR e Força Aérea.
Após o resgate, o turista foi transportado para uma unidade hospitalar, apenas por precaução, tendo recebido alta poucas horas depois. Apesar de ter escapado sem ferimentos, as autoridades confirmaram que ele foi responsabilizado financeiramente por desrespeitar as normas de segurança.
O caso gerou revolta entre a população local e especialistas em montanhismo, que defendem a aplicação de sanções mais pesadas para situações semelhantes. Muitos consideram injusto que os contribuintes suportem custos elevados causados por decisões consideradas irresponsáveis por parte de visitantes.
As autoridades, por sua vez, voltaram a alertar para a importância de respeitar os percursos sinalizados, verificar as condições meteorológicas e evitar aventuras solitárias em áreas de risco. Este incidente junta-se a outros que têm levado ao debate sobre a necessidade de os turistas assumirem mais responsabilidade em casos de resgate.