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Assassino da grávida da Murtosa perde mais do que a liberdade

Arguido no caso de homicídio e aborto agravado enfrenta ações judiciais por valores superiores a 200 mil euros

Os bens patrimoniais de Fernando Valente, arguido pelo homicídio qualificado e aborto agravado de Mónica Silva, vão ser arrestados com o objetivo de assegurar o pagamento de possíveis indemnizações aos filhos menores da vítima. A decisão visa garantir que os direitos das crianças, que tinham 11 e 14 anos na altura do desaparecimento da mãe, sejam protegidos no âmbito do processo judicial em curso.

Os dois filhos de Mónica Silva, representados por um novo advogado, António Falé de Carvalho, foram formalmente constituídos assistentes no caso. Esta posição permite-lhes intervir de forma ativa no processo judicial contra Fernando Valente, que continua a ser o único arguido no caso.

Falé de Carvalho revelou que está em causa um pedido de indemnização significativamente superior ao valor de 200 mil euros já solicitado pelo Ministério Público de Estarreja. “Este é um passo fundamental para assegurar a justiça e o apoio financeiro que os menores merecem”, afirmou o advogado ao Correio da Manhã.

A medida de arresto patrimonial surge como uma garantia preventiva, assegurando que Fernando Valente disponha de meios para cumprir com as indemnizações, caso seja condenado. Segundo fontes ligadas ao processo, os valores solicitados pelos filhos da vítima e pelo Ministério Público serão complementares, reforçando a cobertura das necessidades dos menores.

Este tipo de providência cautelar é comum em casos de grande gravidade, onde os danos causados afetam diretamente a vida de familiares próximos da vítima.

O desaparecimento e morte de Mónica Silva, grávida na altura dos factos, gerou grande comoção pública. A acusação aponta Fernando Valente como principal suspeito da morte da mulher e do aborto forçado que resultou na perda da vida do feto. Os filhos de Mónica Silva ficaram órfãos de mãe e enfrentam agora um longo processo judicial para obter justiça.

A gravidade dos crimes atribuídos a Fernando Valente, que incluem homicídio qualificado e aborto agravado, reflete-se nas medidas tomadas para proteger os direitos das vítimas, especialmente os menores envolvidos.

Com os filhos da vítima agora formalmente assistentes no processo e as indemnizações em debate, o caso prossegue com a recolha de provas e audiências cruciais. A expectativa recai sobre a sentença, que poderá definir o futuro financeiro e emocional dos filhos de Mónica Silva.

A comunidade e os envolvidos aguardam com ansiedade por justiça neste caso de grande impacto.

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